
Transição Energética: o caminho para um futuro sustentável e livre de carbono
Impulsionada pela urgência de mitigar as mudanças climáticas e promover uma economia sustentável, a transição energética tem se tornado uma das principais pautas no cenário global.
No Brasil, esse movimento ganha destaque significativo. Em 2024, o país foi reconhecido como o primeiro das Américas e o 14º no mundo em um ranking de transição energética, conforme relatório do Fórum Econômico Mundial.
Além disso, o Brasil lidera na América Latina em investimentos voltados para a transição energética, alocando aproximadamente US$ 34,8 bilhões em 2023, posicionando-se como o sexto maior investidor global nessa área. Esses dados ressaltam o compromisso brasileiro em reestruturar sua matriz energética, tornando-a mais limpa e eficiente.
Neste artigo, conheça os desafios e oportunidades dessa transformação, e quais os principais impactos na saúde, no meio ambiente e na economia.
O que é transição energética?
A transição energética é um processo de transformação estrutural na matriz energética global, caracterizado pela substituição gradual dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis e mais sustentáveis.
Esse movimento busca mitigar os impactos ambientais, reduzir a emissão de gases de efeito estufa e garantir a segurança energética para as próximas gerações. No Brasil, por exemplo, a participação de fontes renováveis na matriz elétrica já ultrapassa 80%, sendo que a energia eólica e solar vêm ganhando espaço rapidamente.
Esse processo não se limita apenas à mudança na fonte geradora de energia, mas também envolve avanços tecnológicos, políticas públicas e novos modelos de negócio que viabilizem uma economia de baixo carbono. A digitalização do setor elétrico, a descentralização da geração e o desenvolvimento de redes inteligentes são elementos-chave para garantir a eficiência dessa transição.
Além disso, há um esforço global para fomentar o uso de biocombustíveis e soluções baseadas na economia circular, como o biogás e o biometano, que representam alternativas promissoras para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e impulsionar um modelo energético mais sustentável.
Historicamente, a humanidade passou por diferentes transições energéticas, desde o uso da lenha como principal fonte de energia para o carvão, depois para o petróleo e gás natural. Hoje, o foco está na eletrificação e na ampliação da participação das energias renováveis, que se apresentam como soluções viáveis para mitigar as mudanças climáticas e fortalecer a segurança energética global.
Por que a transição energética é necessária?
As mudanças climáticas e o aumento das emissões de gases de efeito estufa tornaram a descarbonização uma prioridade global. O aquecimento do planeta tem causado eventos climáticos extremos, como alagamentos e enchentes, ondas de calor, furacões e secas prolongadas, impactando diretamente a vida das pessoas e a economia mundial. Além disso, a queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de poluição do ar, contribuindo para problemas de saúde pública, como doenças respiratórias e cardiovasculares.
Os altos custos dos combustíveis fósseis e sua volatilidade no mercado também reforçam a necessidade de alternativas sustentáveis. A dependência de petróleo e gás natural torna muitos países vulneráveis a crises geopolíticas, como conflitos internacionais e embargos econômicos. Um exemplo recente foi a crise energética na Europa, agravada pela instabilidade no fornecimento de gás natural, que impulsionou investimentos em energias renováveis e eficiência energética.
A transição energética não beneficia apenas o meio ambiente, mas também representa uma oportunidade econômica. Setores industriais, de transporte e infraestrutura são cada vez mais pressionados a adotar práticas ambientalmente responsáveis, impulsionando uma nova era de inovação e eficiência energética. Países como a Alemanha e a Dinamarca já lideram essa mudança, investindo fortemente em energia eólica e solar, enquanto nações como o Brasil se destacam no uso de biocombustíveis e hidrogênio verde.
Essa transformação contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis importados, fortalecendo a soberania energética dos países e reduzindo riscos associados à geopolítica internacional.
Principais fontes de energia na transição energética
Energia Solar
A energia solar tem se destacado pelo seu enorme potencial de captação e pela constante queda nos custos de implantação. Nos últimos anos, os avanços em tecnologia fotovoltaica permitiram maior eficiência na conversão da luz solar em eletricidade, tornando essa fonte cada vez mais acessível. Países como China, Estados Unidos e Índia lideram a geração de energia solar, investindo fortemente nessa tecnologia.
Energia Eólica
A energia eólica tem expandido sua participação global, especialmente em países com condições climáticas favoráveis, como o Brasil, que possui uma das maiores capacidades instaladas da América Latina. A instalação de parques eólicos offshore (no mar) também vem ganhando força, principalmente na Europa, aumentando significativamente a capacidade de geração desse tipo de energia.
Biomassa e Biogás
As fontes baseadas em resíduos orgânicos, como biomassa e biogás, desempenham um papel fundamental na economia circular, transformando resíduos em fontes de energia. O biometano, em particular, surge como uma alternativa eficiente ao gás natural, oferecendo alto desempenho e impacto ambiental reduzido. Países como Suécia e Alemanha já utilizam amplamente o biogás na matriz energética.
No Brasil, cerca de 8,55% da energia elétrica produzida é gerada a partir da biomassa. Até fevereiro de 2024, 637 empreendimentos brasileiros eram movidos a biomassa, sendo que a maioria deles utilizava o bagaço da cana de açúcar.
No entanto, a primeira planta de biogás da Raízen na Usina Bonfim, em Guariba (SP), marca um avanço significativo na utilização da vinhaça como fonte energética. Com capacidade para gerar 21MW, sendo 17MW provenientes exclusivamente da vinhaça, a usina demonstra o potencial comercial desse resíduo da produção de açúcar e etanol, que tradicionalmente é usado apenas para fertirrigação. Esse aproveitamento transforma a vinhaça em um ativo essencial, contribuindo para a ampliação da matriz energética renovável no Brasil e para a sustentabilidade do setor sucroenergético.
A Sebigas Cótica, responsável pelo projeto e operação industrial da planta, aplicou tecnologia proprietária desenvolvida para a realidade brasileira – CLBR® – que garantem alta eficiência na biodigestão da vinhaça, com conversão de matéria orgânica para biogás até 15% acima dos referenciais teóricos.
Essa experiência robusta assegura a geração estável de energia e posiciona o setor sucroenergético como o mais promissor para a expansão da produção de biogás no país, com potencial para aumentar em até 50% a geração elétrica das usinas usando a mesma área plantada, além de promover melhorias no tratamento de resíduos e na fertirrigação.
Transição energética: desafios e oportunidades globais
A transição para uma matriz energética mais sustentável envolve desafios significativos, desde barreiras financeiras e regulatórias até a necessidade de inovação tecnológica. A dependência histórica dos combustíveis fósseis gerou uma infraestrutura global altamente especializada, que não pode ser substituída instantaneamente.
Para viabilizar essa mudança, investimentos massivos são necessários em geração renovável, armazenamento de energia, modernização das redes elétricas e desenvolvimento de novas tecnologias, como o hidrogênio verde.
Além disso, há desafios geopolíticos, pois muitos países dependem economicamente da exportação de petróleo, gás e carvão. A transição energética pode impactar essas economias, exigindo estratégias de diversificação e adaptação para minimizar impactos sociais e financeiros.
Paralelamente, a desigualdade no acesso à energia também representa um entrave, já que muitas nações em desenvolvimento ainda enfrentam dificuldades para garantir eletrificação universal, tornando essencial a implementação de soluções acessíveis e descentralizadas.
Por outro lado, as oportunidades são imensas. O setor de energias renováveis está entre os que mais crescem no mundo, gerando empregos, impulsionando a inovação e fortalecendo a segurança energética. Empresas que investem em sustentabilidade conquistam vantagens competitivas e atraem consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental.
Com incentivos adequados e políticas públicas eficientes, a transição energética pode promover não apenas um futuro mais limpo, mas também um modelo econômico mais resiliente e sustentável.
Inovações tecnológicas na transição energética
O avanço tecnológico tem sido um grande facilitador da transição energética, permitindo maior eficiência e viabilidade econômica das fontes renováveis.
O desenvolvimento de baterias de alta capacidade e eficiência energética tem sido fundamental para garantir o armazenamento e fornecimento contínuo de eletricidade a partir de fontes intermitentes, como solar e eólica. Além disso, as redes elétricas inteligentes, por sua vez, permitem a integração de diversas fontes de energia, otimizando a distribuição e reduzindo perdas.
No Brasil, projetos inovadores têm impulsionado a transformação energética. O país se destaca no desenvolvimento do hidrogênio verde, com iniciativas como o Porto do Pecém, no Ceará, que busca se tornar um dos principais pólos de produção desse combustível no mundo.
Além disso, a utilização de biogás tem ganhado força, com empresas investindo em tecnologias que transformam esses resíduos em energia limpa e sustentável. A Sebigas Cótica tem uma atuação mais ampla do que os resíduos orgânicos agroindustriais, tais como sucroenergético, oriundos da produção de açúcar e etanol, papel e celulose e culturas energética (como capim elefante, sorgo).
O Brasil também tem avançado na eletrificação do transporte, com incentivos para veículos elétricos e desenvolvimento de biocombustíveis mais eficientes. Com essas inovações, o país reafirma seu protagonismo na transição energética global
Futuro sustentável e competitivo
A transição energética é um processo inevitável e essencial para garantir um futuro sustentável e competitivo. Empresas especializadas em soluções renováveis, como a Sebigas Cótica, desempenham um papel fundamental na construção dessa nova realidade.
Investir em tecnologias limpas não apenas assegura vantagem competitiva no mercado global, mas também contribui para uma economia de baixo carbono e um planeta mais equilibrado. Conheça a Sebigas Cótica e descubra como sua empresa pode fazer parte dessa revolução energética.